sábado, 2 de janeiro de 2010

Odes ao Vinho





Salve enxadristas, libertários!


Para começar bem 2.010, nada melhor que um bom vinho. Que o diga Omar Khayyam, que no século XI escreveu os Rubaiyat (ou "odes ao vinho").

Seus versos fazem lembrar ao ser humano de que "estamos vivos", mas indaga, "por quê?". As respostas para brevidade da vida humana e a ausência de respostas. A valorização de tudo o que possa atenuar os sofrimentos humanos ou a produção do prazer.

Filósofo, matemático, astrônomo, poeta, enxadrista.

Conseguida a pensão vitalícia, pôde dedicar-se aos seus prazeres, ao ócio. Tal como entendia Aristóteles, ocupação e gozo intelectual e estético como compete ao homem livre. Que semelhança com nossos tempos, onde somos escravos do trabalho e do tempo ...

"Os nossos dias fogem tão rápidos como água do rio
ou vento do deserto.
Entretantato, dois dias me deixam indiferentes:
o que passou ontem e o que virá amanhã."

“Tu, cuja face humilha a rosa silvestre,
Tu, cujo rosto se parece com o de um ídolo chinês,
Sabes, tu, que o teu olhar aveludado tornou o rei da Babilônia
Parecido com o bispo do jogo de xadrez que recua diante da rainha?”

“Eis a única verdade.
Somos os peões da misteriosa partida de xadrez jogada por Alá.
Ele desloca-nos, detém-nos, avança conosco
E, por fim, lança-nos, um a um, na caixa do nada.”

Que Caíssa nos guie!'

Um comentário:

  1. Salve Léo, libertário !

    Demoramos para nos libertar, mas ...
    "Libertas Quae Sera Tamen" (Inconfidentes)

    Só fazemos cagadas no xadrez, mas ...
    "A liberdade não tem qualquer valor se não inclui a liberdade de errar" (Gandhi)

    Mas somos peões ligados no ideal:
    "Liberdade sem socialismo é privilégio, injustiça; socialismo sem liberdade é escravidão e brutalidade" (Bakunin)

    Parabéns pelo blog:
    "Tudo que é realmente grande e inspirador é criado pelo indivíduo que pode trabalhar em liberdade" (Einstein)

    E vc merece:
    "Quem é bom é livre, ainda que seja escravo. Quem é mau é escravo, ainda que seja livre." (Agostinho).

    Paradoxo:
    "Somos livres ainda que tenhamos passado a vida inteira no ... XADREZ !" (Diniz Lima)

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