quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Uma Aventura no Reino do Xadrez - Parte II

Em 1995 dei um curso de capacitação para professores da rede municipal de Curitiba, na maioria, professores de educação física. Ao final do curso estava previsto a projeção de um vídeo sobre o desenvolvimento do xadrez escolar na Argentina. Eu estava muito curioso em saber o que os argentinos faziam, pois lá estavam surgindo muitos bons jogadores que logo chegavam a Mestre Internacional.

Eu não conhecia, então, o que seria projetado. Poucos minutos após o início do vídeo, uma decepção total. O que se tentava mostrar eram torneios de xadrez escolar, praticamente sem som, imagens "empasteladas", de longe, ou seja, uma coisa horripilante, que pela precariedade de imagens, fui obrigado a interromper bruscamente. Todos os professores compreenderam imediatamente a falta de recursos audiovisuais para as aulas de xadrez.
Saí daquela aula com a intenção de realizar um vídeo que auxiliasse os professores de xadrez a despertar o interesse nas crianças e que servisse de "aula inaugural".
Naqueles tempos estava já em vigor a Lei de Incentivo à Cultura do município. Procurei auxílio de algumas pessoas que sabiam os caminhos burocráticos, inscrevemos o projeto e em 1996 ele foi aprovado. Já no final deste mesmo ano estávamos com quase todos os recursos disponíveis em conta (na época, em torno de R$ 100.000,00), através do incentivo das empresas Siemens (na época existia a Equitel).
O projeto era muito elogiado por todos por ter um valor educativo e com público direcionado para crianças. Por isto foi fácil conseguir o incentivo.
Nossa primeira missão foi elaborar o roteiro. A diretora e roteirista, Silvana Corona, conseguiu escrever um excelente texto, incluindo uma adaptação da lenda da origem do jogo de xadrez de um livro que eu tinha, do Malba Tahan, o famoso "O Homem que Calculava".
Contratamos o Beto Carminatti como camera e diretor de fotografia, juntamente com um recém chegado da academia de cinema de Cuba, que também foi diretor de fotografia, Luciano Coelho. Depois os produtores, equipe tecnica, atores e o figurinista. Aqui começa uma outra história ...

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